sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Lágrimas

Explorar. A lágrima tem a missão de desvendar os caminhos de todo o rosto até chegar ao final de seu percurso, seja ele o chão, a roupa que paramenta aquele que a concebeu ou algum dedo que surge como pavimentador, ou mesmo consolador. Não importa se essa surge de motivos bons ou ruins: a definição de bom ou ruim pode ser muito subjetiva, levando em conta o momento, a pessoa… e a lágrima.

Há momentos que elas caem, deslizam por nosso cútis sem motivos, simplesmente por instinto. Ou, por necessidade. Acreditei naquilo que disseram um dia, que elas tem o poder de purificar até a mais devastada das almas. Será verdade? Não sei! Minha mente já passou por dias muito turvos. As gotículas podem ter se diluído nesse momento, mas foram capaz de me libertar. Até a próxima vez que o rio dos meus anseios viesse a transbordar de novo, e o desespero me afligisse.

Não venho aqui para falar de tristeza, muito menos de alegrias. Só quero dar às lágrimas seus tão merecidos méritos. Qual homem, até mesmo aquele que se diz o mais forte, nunca derramou uma só que seja, nem que fosse em seu nascimento? Elas nos acompanham desde o nosso surgir. Muitos a temem. Por que temer? Medo de se enfrentar? De se descobrir? Será o temor ao fracasso? À frustração? Ou à realização?

E as lágrimas do mundo, quem é capaz de enxugá-las? Agora eu inverto a questão: quem é capaz de parar de ferir nosso berço natural? Qual o homem que consegue deixar de colocar-se à frente de todas as ações ou de todas as intenções? Quem é capaz de amar? Não falo do “amor-sentimento”, mas sim do “amor-ação”. É possível doar um pouquinho de si para preservar aquilo que é externo? Ou para preservar o outro? É mais fácil extorquir as lágrimas dos outros, não é?

Me pergunto aqui, “E se as lágrimas fossem como o mel?” Doces, irresistíveis…Como seria a sensação de chorá-las? Seria possível resistir ao doce sabor da dor? Ou do amor, da paixão, da alegria, da tristeza, ou da agonia.

Muitas vezes não conseguimos libertar-nos, expulsar as lágrimas que existem dentro de nós, esperando o momento certo para inundarem nossos olhos… e cair. E quando elas caem, somos nós que nos levantamos. E seguimos… O que acontece, então, com as lágrimas internas? Isso, aquelas que ficam ali, aprisionadas, decepcionadas por não aflorarem. Qual o seu efeito em nós? Quantas dessas será que o coração consegue armazenar? O meu coração já está doendo. Será um mau sinal?

3 comentários:

  1. Amor... Meu Amigo Querido!

    Como me deixas feliz quando se aproxima! E então... encontrou os Versos Vermelhos?!? Queria mesmo vc lá! Mas não queria fazer propagandinha do blog... rsrs! Queria que o encontrasse naturalmente! Só fiz um convite... e agora as pessoas chegarão lá quando quiserem!

    Obrigado pelas palavras cheias de carinho!

    Seu texto está lindo! As lágrimas nascem no coração... cuide bem do seu Amigo Querido!

    Beijo doce
    Sil
    Aqui sempre

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  2. "Quantas dessas será que o coração consegue armazenar? "
    O coração consegue armazenar quantidade exata, para que se transbordem para fora de ti... lavando- lhe do que tanto se aflinge a tal ponto!

    Deixando lhe puro a ponto se sentir o mais puro dos sentimento....

    abraços...

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  3. E aí Eric como é q tá?!
    Cara eu só choro em filmes e séries, a realidade ficou um pouco irreal pra mim... prefiro chorar com as histórias dos outros!
    Abraçoooo!

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Eu sei que as minhas palavras podem parecer confusas e perdidas. Você pode achar o que quiser. Apenas ache, pois é assim que eu me encontro!