Discordâncias, consentimentos e indagações de um mundo ideológico complexo, controverso e estupidamente trivial.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
365 dias até aqui
Sempre fazemos uma análise de como foi o ano que se vai. Consideramos as conquistas, mudanças, novidades e até as tragédias que aconteceram durante seu desenrolar. A maioria das teses são baseadas em algum interessante - próprio, diga-se de passagem.
Eu mesmo, acho que 2010 foi um ano incrível. Cresci muito durante esses 365 dias. Chorei algumas [tantas] vezes. Sorri outras milhares. Conquistei, à mim e outras coisas, alguns sentimentos. Caminhei, dando os primeiros passos para o meu futuro. O que melhor obtive, foi um melhor conhecimento sobre minhas capacidades e a chance de enfrentar alguns desafios.
Mas e o mundo? Qual foram os benefícios que esse ano que já é velho acarretou? E aqueles nossos votos de prosperidade, paz, fraternidade e amor do final de 2009? Foram eles postos em exercício? Houve a doação do "eu" para o irmão?
Houve violência em 2010: contra a mulher, que tiveram que pagar com sua vida algo que nem mesmo "deviam". Somado à isso, tivemos a intolerância para com as minorias. Recebemos a resposta da natureza aos nossos atos. Assim como a ferimos constantemente, fomos aniquilados, oprimidos. Estamos sofrendo as inconsequências de alguns.
2010 teve o brilho da Copa, um evento mundial. Nosso país não triunfou dessa vez. E a África? Será que agora ela poderá ser vista como um país de verdade, onde há seres humanos, civilizados? Deixará ela de ser o berço das riquezas provindas da exploração humana e natural? Poderá ela enfrentar o dilema da AIDS?
Tivemos uma mulher eleita como presidente. Um presidente que deixou seu posto com popularidade recorde. E a sociedade? Continuará sendo vista como um grande conjunto de fantoches, que são de fácil manipulação e indefesos?
A evolução tecnológica andou à milhões. O que dizer da melhoria nas concepções humanas e intelectuais? O senso crítico?
E o amor? Quanto mais ele poderá resistir à banalização de tudo, de todos?
2011 tem tudo para ser mais um ano como os outros. Só há um fator capaz de fazê-lo diferente: nós! Cada pensamento. Cada conversão. Toda doação, não financeira, mas espiritual e fraterna. Ação por ação, por menor que seja. Uma grande mudança só se inicia à partir da iniciativa de um ou de muitos. O que você fará para que 2011 seja um ano realmente bom? Quais as suas expectativas para nosso mundo nos anos que virão? Pense nisso!
Desejo à cada um que ler esse texto um novo ano digno, repleto de paz, carinho, amor, solidariedade, compaixão e respeito. Espero que todos tenham muita saúde e uma vida reta, baseada na valorização do amor e de seus benefícios. Brindemos pela vida!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Descomplique
Sempre é assim, fazemos tudo aquilo que podemos
É certo que nem sempre é o que queremos
Uma abstnência, uma vontade ou uma omissão
Mas o que nunca se recebe é o perdão
E o que nunca se ouve é o coração, sempre a razão.
A complexidade de tudo nos agrada…
Quanto vale a lágrima da pessoa amada?
Não vejo graça na arte de fazer sofrer!
O que você realmente sente ao me ver?
Toda a alegria
Cada melodia
Os fragmentos de todo o nosso amor
Nada ameniza o que sinto agora: dor.
Será isso verdadeiramente preciso?
Um único ato teu me conforta e acalma
É tão difícil assim distribuir um sorriso?
Mas não venha com nada superficial: quero descobrir até a cor de tua alma!