segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Não é?

"Eu não estou feliz"
"Eu nunca serei feliz" 
"Ninguém nunca me fará feliz"
Quantas vezes eu não pensei em qualquer uma dessas três sentenças ou até mesmo em todas ao mesmo tempo?


Pois bem... Hoje eu recebi um comentário muito bacana do Rossy, onde fiquei realmente pensando em "como eu estou 'hoje', apesar de todas as minhas frustrações de 'ontem'?" E como uma forma de agradecimento por ele ter me ajudado a chegar à essa reflexão, a presente postagem será uma forma de tentar esclarecer algumas coisas em que permiti acreditar - antes ou agora.
Espero que o texto possa ser útil de alguma forma.


                                           
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Sim, eu acho que elaborar certos mecanismos de defesa contra o sofrimento seja importante para nós, seres humanos que somos, pois estamos sempre sujeitos ao erro. Digo, todo o "calor" de um momento mágico ou simplesmente compatível com as expectativas que criamos em volta de um assunto ou pessoa pode não ser realmente como pensamos inicialmente. Então, acredito que é interessante questionarmos nós mesmos ao ouvir uma palavra reconfortante daquele alguém por quem nutrimos algum sentimento mais... digamos que intenso justamente nos nossos momentos de vulnerabilidade extrema. Não é que agora eu esteja [muito] mais pessimista. Também sou humano e posso estar cegamente errado. Mas toda prevenção é sempre bem acolhida por mim.


Aliás, "estar" é uma palavra muito coerente para definir a nossa existência humana! Isto porque nossa vida toda é repleta de momentos/fases em que temos certos ideais ou valores como "carros-chefe" do nosso comportamento. E esse fato por si só diz muito em relação as nossas constantes e repentinas mudanças de humor, sentimento, forma de enxergar o mundo, etc. E assim também ocorre com todos aqueles com quem interagimos e convivemos. Portanto, é preciso sempre adotar uma postura no mínimo empática para entender que algo pode estar acontecendo com aquele que eu não hesito em julgar por ter me contrariado em determinado momento.


Quer melhor forma de resolver uma situação de desentendimento que não o diálogo? Eu pelo menos desconheço algo mais eficaz. Sobretudo, o que deve prevalecer em uma situação de "conciliação" entre duas partes é o respeito acima de qualquer interesse conflitante. Sim, porque cada um tem o direito do livre arbítrio como também de ser responsável pela sua escolha.


Apesar de todas essas palavras e lições que eu venho tirando das minhas últimas experiências, eu tirei uma das lições mais importantes da minha vida: que atitude importa, sim! A atitude de se permitir a felicidade, não de apenas esperar que uma pessoa possa trazê-la até você. Sabe por que? Pois com a facilidade que essa pessoa pode te apresentar à felicidade, ela tem o direito de levá-la consigo no momento em que bem entender. E não haverá tempo, novas chances ou lágrimas que farão você recuperar o que alguém fez você sentir.


Portanto, ame: primeiro você mesmo, para entender que é preciso ser alguém inteiramente sincero e honesto consigo para, enfim, poder dizer que você ama alguém. Faça acontecer! Não deixe as palavras se tornarem um labirinto em sua mente e uma frustração sem mesmo se materializarem. Estufe o peito para desabafar com destreza e expulsar de ti mesmo todas as suas angústias e decepções. Seja aberto ao que os outros dizem; mas não ouça somente: dê significado a essas palavras, faça-as ter valor para ti. Confie em alguém, e faça de você confiável: isso te faz buscar energias para ser uma pessoa especial ao outro. Sorria, pois sorrir é a arma com maior capacidade de fazê-lo feliz, mesmo que por alguns segundos. E chore, pois é assim que você lava e refresca a sua alma para enfrentar todos os desafios que teremos pela frente!


Não tenho o poder de dizer que as coisas ficarão bem, pois posso errar. Contudo, se você agir assim, você vai buscar estar se sentindo bem, para provar que os nossos momentos de dificuldade e tristeza são valiosos para o nosso crescimento e desenvolvimento pessoal. E quem sabe um dia você não acaba esbarrando na felicidade e ofereça uma mãozinha para ela se levantar, não é?

domingo, 1 de janeiro de 2012

Os dias antes de hoje

Não me recordo muito bem se já cheguei a mencionar que eu odeio essa época do ano? Tudo bem, odiar é uma palavra muito forte! Eu não vou com a cara dos 10 dias [que são sempre a mesma coisa] finais de cada ano. Não sei bem o real motivo dessa pré-disposição a não gostar dessa época. Pode ser algo pessoal - e quando eu digo pessoal, é relativo às minhas mudanças de temperamento - ou apenas um ceticismo muito importuno, que desconfia de todas as mais belas palavras inspiradoras, alegres e positivas que muitas pessoas pregam por aí. Whatever!


Estive pensando esses dias sobre qual adjetivo eu poderia utilizar quando me referenciasse ao ano de 2011; afinal, quando atingimos certa altura do jogo, é dada a hora de olharmos para trás e mensurarmos aquilo que foi, o que não foi, o que poderia ser e tudo que se relaciona com objetivos, metas, conquistas, resultados e sucesso.


Confesso que em certo ponto do ano, me vieram a vontade de desistir; o descontentamento com a minha situação; o medo do desconhecido; o desconforto e toda a honestidade da palavra "não", que nos sugere - e invoca - coisas muito pessimistas acerca de nós mesmos. Em outras ocasiões, nada disso me passou. E nada quis passar. E assim parecia que seria, até o momento que eu tivesse a coragem de encarar quem eu bem conheço: eu mesmo.


Desde o final do ano de 2010, tive a felicidade de lograr em uma oportunidade de estágio, a primeira da minha carreira. Eu bem sabia que essa nova experiência me traria lições não só profissionais, como ajudaria no meu processo de autoconhecimento e crescimento pessoal, além da possibilidade de interagir com pessoas diferentes de mim, cada uma com o seu propósito e suas responsabilidades. Ali eu me expus ao novo, àquilo que é negligenciado pela sociedade, ao que deveria ser uma missão de todos: lutar pela justiça e pela igualdade na distribuição correta das riquezas e lutar pela dignidade e o direito de SER humano; defender a importante instituição que é a família, essa que tem grande poder para manter as pessoas unidas e fornecer amor àqueles que precisam serem amados. Essa foi a primeira grande lição que tirei de 2011.


Ahh... Quase que me esqueço! Nesse meu primeiro estágio, eu tive a oportunidade de conhecer essa figurinha aqui: 



Tudo bem que ele cresceu e agora está assim:


Mas acredito que fiz um bem para esse danadinho, que estava prestes a morrer desnutrido quando o conheci. E agora... Bom, agora ele é apenas o mais novo mimado da família; aquele que adora brincar de morder os calcanhares das pessoas e pular em cima da gente para receber afagos.

Em 2011, também, fiz 19 anos. OK, isso não é lá um grande feito. Afinal, o sonho da maioria dos jovens é atingir a marca dos 18 anos, que é onde pensamos que se encontra a mais pura liberdade. E completar os 19 anos, pelo menos para mim, foi uma das coisas que veio justificar que essa tal "liberdade" que nós jovens tanto buscamos está longe de ser encontrada. Quer dizer, essa é apenas mais uma etapa da nossa vida, onde muitas coisas começam a serem cobradas de nós, forçando-nos a dar o nosso melhor e sempre buscar forças e criatividade para lidar com todas as tão novas e desconhecidas "coisas de adulto" que começam a figurar em nossas vidas. Então, a marca dos 19 anos me serviu como um sinal de "agora é sério".


Nesse ano eu aprendi e conquistei o direito de dirigir (vulgo Carteira Nacional de Habilitação ou CNH). Essa conquista me rendeu alguns momentos de MUITO nervosismo, a ingestão de calmantes... Mas foi válido! Observação: eu continuo andando de ônibus.


Esses últimos 365 me proporcionaram o fortalecimento de laços de amizade, a  reaproximação com algumas pessoas com as quais eu me sentia meio "ausente". Ao lado dessas pessoas que eu chamo de "amigos", compartilhei várias risadas, chorei, brinquei, corri, abracei, pulei... Enfim, pude passar momentos encantadores e inesquecíveis - e tais momentos ficam a apenas uma vontade de eu revivê-los em minha memória. E eu também conheci gente nova, gente que conquistou a minha admiração e até se mostrou ser aquela pessoa que eu pude olhar e dizer "onde você esteve todo esse tempo"?


Também tive o prazer de começar a fazer algo que eu gosto muito: estudar inglês. Tudo bem que a decisão foi resultante de um "puxão de orelha", que facilmente refutou todos os meus subterfúgios para não ter começado antes, como "não tenho tempo" e "não tenho "tempo" ($$)". E, com isso, me senti mais seguro para ter contato com uma cultura diferente e botar em prática meus conhecimentos teóricos. Infelizmente, ainda não consegui realizar o meu tão sonhado desejo de estudar no exterior [no Reino Unido, mais especificamente na Inglaterra]. Contudo, tive a oportunidade de conhecer grandes pessoas durante uma atividade voluntária com um grupo de universitários sul-coreanos, em um final de semana inesquecível e insubstituível!


Nos estudos, meu ano foi simplesmente fantástico. Tive o prazer de estar junto de pessoas incríveis, que me auxiliaram muito no meu processo de aprendizagem, sejam essas pessoas professores, colegas de classe ou amigos. Meu grupo e eu nos sentimos muito realizados em diversas oportunidades onde pudemos colher o resultado de nosso esforço, através da admiração e as congratulações, elogios e incentivos para trabalharmos em cima das ideias que tivemos, que foram resultado não somente daquilo que pensamos para uma determinada atividade curricular, mas de ideias que acreditamos serem reais e necessários para as pessoas.


E apesar de todos os momentos de dúvida, de alguns "não's" que eu precisei ouvir para seguir em frente no meu desejo de buscar algo que possa sempre me proporcionar o crescimento, me vi participando de processos seletivos para uma nova oportunidade de estágio em empresas que sempre foram o meu "sonho de consumo" profissional. Me senti muito motivado para obter êxito em todos os processos que eu estivesse envolvido, e fiquei muito feliz por ter chegado longe na maioria deles - e de alguns pude conhecer pessoas incríveis e tirar lições sobre o que eu preciso mudar em mim. E foi através de tanta luta e esperança que obtive sucesso em uma das oportunidades, para estagiar na área que tenho mais afinidade.


Portanto, eu não tenho o que reclamar de 2011. Aliás, tenho muito o que agradecer por todas as conquistas e experiências que tive durante esse ano que se passou. E para 2012, espero que eu possa aprender ainda mais com tudo o que eu tiver oportunidade, aprimorar as minhas deficiências, e contribuir para a felicidade e o crescimento daqueles com quem eu interajo.


Por último, acho que acabo de encontrar um adjetivo para esse ano que se foi: o melhor! Sim, no aspecto profissional/pessoal, esse foi o melhor ano de minha vida! Agradeço a todos aqueles que fizeram parte dessa experiência, e suplico que vocês estejam ao meu lado agora e sempre, pois muito do que sou é em função daqueles que amo!


Desejo-lhes um próspero ano de 2012, cheio de felicidades e realizações!

terça-feira, 14 de junho de 2011

In-Definido

Às vezes buscamos tanto uma certeza a qual confiar piamente, que acabamos nos esquecendo que certezas quase inexistem. Eu costumo chamar a "descoberta" dessa certeza da incerteza de confusão. Não soa confuso mesmo?

Contudo, nem sempre nos afogamos em confusão por convicção, como nem sempre estamos certos ao dizer que não estamos. Acho que devo começar a falar em primeira pessoa, pois estou me sentindo incomodado por supor tanto em "nosso" nome - vulgo "imposição"!

A hesitação pode aparecer em um momento de pressão ou de pura adrenalina. Ou de irracionalidade mesmo! Quando me isolo em meus devaneios, fico atônito e perdido com tantos caminhos ao qual posso escolher ou, simplesmente, fazê-los existir em minha realidade imaginária. Perco-me até mesmo nas "linhas" desse mundo virtual...
Partindo para o meu lado conceitual, entrando novamente em suposições, costumo separar a confusão em boa ou má. A boa, chamo de sonho, platonismo, e a má, de ilusão. A primeira categoria tem toda uma magia vinculada a si, mas um dia ela acaba. Se não, se torna algo meio feio, disforme... Logo, essa brincadeira de "perder-se" e "achar-se" se esbarra em algo complexo, que acaba chegando a conclusões muito equivocadas. Não bastasse isso, ela ainda te aprisiona. 

Mas... até quando? Até você perder a vontade de sorrir, de querer fazer parte do elenco do grande espetáculo que é a sua trágica vida? Ou, indo à extremos, de achar graça em tudo, se omitindo, mascarando o "impossível" como "seu". Quando o fim já se apresentava no começo, que agora se tornou uma difícil decisão, que te deixa em indecisão. Quando as cores, as tão poucas cores que restaram, são como raios que torturam sua retina. E qual a saída? Viver a sua vida cretina, sem fugir muito à rotina, criando versos medíocres para terminar um texto. 

Um texto indeciso, por sinal!



segunda-feira, 28 de março de 2011

Defeitos: desfeitos!

Dizem por aí que muitas pessoas tem dificuldades em apontar ou assumir aspectos negativos sobre sua própria pessoa (defeitos), e que quando isso é feito, involuntariamente - instinto de sobrevivência mesmo, relaxa! - essas particularidades meio "sombrias" são contornadas, maquiadas por um "mas eu já fui pior" ou "não é tão grave assim" - qual é o antônimo de hipérbole mesmo?


Eu acho muito mais simples a quebra de paradigmas, de assumir, sim, nossos defeitos. É tão mais... nobre! É, mostra que você é uma pessoa que não vive somente de orgulho ou ortodoxia. Aponta a sabedoria de que você ao menos pensa e tenta enumerar suas qualificações, que você se preocupa com aquilo que passa para o outro; afinal, há teorias que pregam a tese de sermos uma infinidade de "eu's", no mínimo uns três...


Por isso, não sinta-se inferior por declarar mesmo que silenciosamente, só para você, que realmente, você foi rude com aquela resposta ao teu amigo. Que sua teimosia poderia ter lhe proporcionado algo diferente, uma fuga da normalidade, por exemplo. Que o seu conformismo não é algo saudável. Que o seu egoísmo não é apenas uma questão instintiva, inata a ti. Porque se você parar para pensar um pouco mais, tenho certeza, você chegará a conclusão que não é nenhum estranho que vive em um mundo paralelo. Descobrirá que a vida se torna muito mais fácil quando a mudança que queremos ver no mundo só pode acontecer quando isso for realizado dentro de nós. Que seus defeitos não passam de detalhes comparados as tolices que realmente machucam e destroem. E descobrirá que todo mundo erra... E o que é a vida senão uma obra estruturada por erros, que servem de alicerce para a próxima etapa de cada processo da obra e também servem como exemplo para não acontecerem novamente, pois isso só torna a construção mais cansativa.


Tenho certeza que a sua mudança pode vir a ser a esperança ou a força que alguém pode se apoiar no futuro... quem sabe até no presente!

domingo, 27 de março de 2011

Conhecer

Para desenvolver esse texto, vou me basear em alguns "conceitos" tomados pela maioria (senso-comum) para tentar estabelecer uma linha de raciocínio que vai justamente contra isso: a decisão por esse senso "bruto". Logo, fica claro que não compactuo com a prática, mas a utilizarei em alguns momentos para argumentar...


Reflita por um momento: qual um dos principais aspectos que você já identificou como fator culminante para que a nossa sociedade chegasse ao ponto que está, da adoração à superficialidade? Será esse o próprio fato que costumamos, antes de qualquer análise melhor embasada, tirar um conceito, uma impressão instantânea para tentar estabelecer uma linha de pensamento ou usar como ponto de referência para análises futuras. Esta ação em si não seria algo ruim, mas entenda que a ação por si só não basta, é preciso mais: ela somente é para nós, como eu já disse, um ponto de referência, algo que possibilita novas concepções ou mesmo uma conclusão.


Muitos são os que se satisfazem com a rápida "batida de olho" e, pior, acham-se no direito - ou dever - de julgar a situação/pessoa através disso. E eles defendem incansavelmente suas posições, sem mesmo pensar na possibilidade de conhecer a fundo a temática. O que estes fazem são apenas tentativas desesperadas de convencer alguém que isso ou aquilo não é bom, ou que pode ser bom, mas tem lá as suas desvantagens ou deficiências, não considerando que o próprio conceito de "bom" e "ruim" é repleto de subjetividade. Eu sempre me pergunto: qual o benefício que a pessoa adquire agindo assim? 


Mas eu até entendo quem costuma adotar essa filosofia. O conhecimento é algo muito chato mesmo, cansativo... Não tem muita graça, sem muito encanto, pouco útil na nossa vida, nos meios de interação social. O conhecimento não passa de uma convenção muito idolatrada por alguns imbecis que não tem com o que se preocupar e tentam vender a ideia de que ele enaltece e transforma o homem e o ambiente onde ele vive. Bobeira! Quem é louco de preferir se engajar no processo de mudança de conceitos, de diferenciação sensitiva quanto isso ou aquilo, de readaptação? O conforto e a estabilidade de uma vida constante, sem muitas mutações é muito mais saboroso!


Contudo, eu desafio quem pensa dessa forma com uma simples questão: até quando essa inadimplência com o processo natural da vida, de querer burlar o desenvolvimento e a evolução vai funcionar? Quantas paredes você ainda acha que é capaz de se esbarrar sem fazer um corte mais profundo em sua carne? (Entenda "carne" como todo o ser que tu idealizas que és). Onde você acha que vai chegar se fechando em arrogância? Eu sei onde... no desgosto da descoberta que o mundo que você tanto idealizou não passava de uma ilusão, e que essa era limitada. 


Agora pense, deixe-se questionar sobre uma questão aleatória e tente definir sua posição à ela. E responda: baseado em que você decidiu isso? Quais são seus motivos? Qual a sua chance de estar errado? Essa prática nos favorece muito quando queremos evitar cair no círculo vicioso do julgamento sem conhecimento - vulgo preconceito.


Acredito que não tenho uma razão para estar questionando tudo isso, nem ninguém a quem eu possa estar me "armando" para uma batalha. Só estou meio cansado de ver tantas injustiças por aí - senão todas - iniciadas justamente por atitudes nutridas por um falso "ceticismo". E estou aberto a críticas, pois só assim terei conhecimento da veracidade de minha concepção sobre justiça!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Águas de Março

Escolhas: essa é a palavra que pode definir fielmente esse mês do ano de 2011! Caminhos para seguir, atalhos para tornar este menos tortuoso... 


Tudo foi colocado em cheque e analisado de maneira minuciosa e até cansativa [repetitiva, melindrosa, impulsiva, complexiva]. São tantas bifurcações reincidentes e tantas outras estreantes, mas que contemplam - em sua maioria - as mesmas razões ou intenções - creio que sempre se fará dessa forma. 


Por que, então, querer martelar mais uma vez nessa tecla tão gasta, trazer à tona esse clichê tão óbvio... Por que questionar todas as decisões? Qual o benefício que isso me (nos) traz? A resposta pode sucintamente se resumir em confirmação! Indicação de quais efeitos incidirão sobre esses caminhos eleitos, quais serão as tão temidas consequências ou como enfrentá-las. 


Importante para mim somente é a certeza de que todas tem apenas um rumo - irreversível, por sinal. São como as águas de uma nascente, que brotam do improvável e convertem-se em esperança. E que, como flecha lançada, não se incomodam em olhar para trás e redimirem-se por ter ferido alguém, mesmo quando não era essa a intenção!


E como esse mês de março foi cinza e úmido para mim... 

terça-feira, 8 de março de 2011

Medo

No ensurdecedor silêncio da noite, na obscuridade dos teus pensamentos, consegues apascentar tua alma e domar teus demônios, mantendo-se insolúvel para qualquer rumor ou insulto por parte deles?
Ou somente extrai do labirinto de sua alma, que tem em suas espessas e enormes paredes um potente revestimento de espinhos, a dor e o sofrimento, pois não consegue nunca achar uma saída para suas angústias, asfixiando-se muitas vezes em suas ácidas lágrimas?


Eu digo que apenas penso em querer fugir desse meu algoz, pois só vivo com ele ao meu lado, cochichando algumas palavras engraçadas e sombrias para me iludir e confundir. E mais: nem sei mais em que pensar, no que acreditar, em que confiar ou em como posso superar isso. Isso tudo pode parecer muito hiperbólico, mas não há adjetivo que seja capaz de atribuir efeito ou intensidade a meu medo. Estou morrendo de medo de não saber para onde correr, sendo que meus pés já estão cansados de tanto percorrer a mesma rota circular e infinita.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

I'm so sorry

Um sentimento de desapontamento comigo mesmo: é isso o que vem me tomando nos últimos dias. Incapacidade de me perdoar por decisões necessárias que tomei, medo de enfrentar o "novo" ou simplesmente um momento daqueles bem conhecidos?


Agir talvez não fosse bem o que meus tão mirabolantes planos desejavam verdadeiramente. Não descartei a possibilidade de continuar sonhando e vivendo em um mundo paralelo por mais algum tempo... Mas até quando? Até o momento que eu descobrisse que o chão que meus pés supostamente se firmavam simplesmente nunca estivera ali? Ou quando os espinhos das paredes do labirinto que criei dentro de mim para viver da ilusão começassem a saquear meu sangue?


Opto, então, por minha morte. Uma de muitas outras. Que, como essas mesmas, sempre tem uma ressureição, mesmo que das mais tímidas. Grandes conquistas necessitam de pequenas atitudes para se confirmarem. Meu caminho é esse. E não quero ninguém ao meu lado que só me traga a infelicidade ou uma vida em cárcere. Me desculpe!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Terceiro


Whoa! Mais um selinho! 
Dessa vez, fui indicado pelo Três Egos. Fico muito honrado, mesmo, por mais esse presente! Ainda mais, vindo dele, tão fascinante que é, e que me encanta desde a primeira bisbilhotada no seu blog. Só fico com uma questão na cabeça: como é o nome do mentor do Apolo, do Hermes e do Eros? Quem apoiaria uma mobilização aqui na Blogsfera para desvendarmos esse enigma?  Sou super a favor! rsrs

O selinho possui apenas duas regras:

1ª) Repassar o selo a 15 blogs e avisá-los: A primeira regra eu, infelizmente, vou infringir. Indico para todos! Afinal, cada blog tem sua magia e toca ou sensibiliza cada um de alguma forma, então é difícil tentar recomendar aqueles que possam agradar a todos.

2ª) Responder as perguntas:

- Nome: Eric Felipe. Mais Eric do que Felipe! 

- Uma música: "Whataya want from me", by Adam Lambert. Sei que não é preciso justificar a escolha, mas ele é o meu abrigo no momento. Sempre que preciso de uma música triste, que me faça pensar em coisas e pessoas, nos mais diversos estados temperamentais, é a ele que recorro. 

- Humor: Instável.

- Uma cor: Vermelho.

- Uma estação: Inverno! As pessoas ficam mais bonitas nessa época.

- Como prefere viajar: Nos meus pensamentos! rsrs Eu sei que não era essa a pergunta... eu prefiro que seja de ônibus, é mais confortável, e é possível nos retrairmos em nosso casulo pessoal.

- Um seriado: House.

- Frase/palavra mais dita: "FATO!"

- O que achou do selo: Bem bacana e diferente, gostei!

Um coração

Eu soube desde o primeiro instante que pude te descobrir, lendo em suas linhas não apenas umas frases decoradas e maquiadas com algum sentimento bonito ou louvável, que tu, sim, sabia de alguma forma o que era sentir. Lembro de ter cochichado interiormente com meu pressentimento e decidido, prontamente, nutrir por ti uma admiração, elegê-la como um exemplo que me fazia bem.


Me enganei. Com o tempo, você surgiu como alguém realmente fantástico. Sublime, como algumas vezes ousei te definir, sabendo no fundo que tentar te definir seria algo realmente falho. Dizem que o amor é indescritível. Sim, para mim, você vive amor, sonha amor, exala amor, escreve amor. Vejo-a como um coração que distribui para todo um corpo, um sistema meticulosamente complexo, toda a esperança de manter-se ativo. Podem dizer que sou um paranóico, que fantasio demais e superestimo tudo. Desculpe, essa só é uma forma desesperada que eu encontrei de tentar viver de forma honesta, levando em conta não só aquilo que as esferas oculares podem projetar, mas o que o coração consegue traduzir.


Sinto como se isso tudo fosse um sonho, daqueles melhores, que mais parecem um conto de fadas elevados a enésima potência. Um sonho que nunca pensei que fosse possível ter, muito menos se realizar. Melhor ainda quando esse é que lutara para tornar-se ainda mais concreto. Ali, na esperança de tentar entender um turbilhão de gritos que se aprisionavam em uma alma, já cansada e amedrontada, tu surgiste. Calorosa. Fraterna. Amando...


Seguro de que havia encontrado a minha decisão, mas temeroso pelas consequências que a mesma pode trazer, tu me amparou, indicou qual direção seguir, em que confiar. Me ensinou que nem mesmo a distância impede a mudança, a proximidade entre o ser e o pensar, e a possibilidade de abraçar um filho que nunca vistes, mas que ama sem perguntar o por quê de ter surgido em sua vida.


Contigo estou aprendendo que a felicidade é a única e mais importante conquista que alguém pode almejar. Que os caminhos são sinuosos mesmo, e para enfrentá-los é preciso muita coragem e empenho. Mesmo a dor é necessária em momentos desse tipo. O sacrifício... Vejo em ti um coração pulsante, que cultiva a paz, o carinho; bate em ritmo de alegria, divide até mesmo a tristeza para não ver uma lágrima rolar. Um coração que sabe dar um abraço apertado, que traz segurança e esperança para um admirador que insiste em acreditar que há corações amantes no mundo. Este coração que invadiu o meu, e se instalou para sempre.


Querida mulher... frágil, delicada. Grandiosa. Apascentadora. Humilde em afeto, competente em semear a alegria. Objetiva em ser amor, acima de todas as coisas! Isso não representa nem um pouco da gratidão que devo a ti, Sil, por tudo o que você fez e está fazendo por mim. Pela escuta, o aconselhamento. Por você fazer parte da minha vida! Do seu amigo que te quer muito bem.


Eric