sábado, 30 de outubro de 2010

Descobri

Descobri algo muito interessante mesmo agora: o que me incentiva a conduzir-me por caminhos perpétuos e martirizantes é o puro prazer da descoberta. ADORO descobrir o irrevelável. Redescobrir aquilo que é imutável, então, é uma praxe muito estusiástica. Gosto de me perder nos labirintos da minha própria razão, que, contagiada pela emoção, se torna indecifrável. Permito-me tomar um conhecimento ampliado sobre meu ser, sabendo que aquilo que penso sempre se contradiz com aquilo que quero pensar sobre mim, ou simplesmente revela aquilo que sou e não faz parte do meu "idealizar" constante.


Ah! E eu também soube que concedo a autonomia para me tomarem o controle, as rédeas psico-interiores. Que o que me transforma e me renova é o estar junto, sentindo [e descobrindo] a pulsação do outro, o fluxo do ar que inspira um coração para manter-se em pleno funcionamento e, também, uma alma, em [quase] constante sofrimento. Mas que fique claro que este sentimento, para mim, é algo muito mais intenso e subversivo: degusto-o com gozo e fome de quem precisa muito daquilo, afinal, eu permito-me ser assim, simplesmente complexo.


Só ainda não descobri o que eu realmente sinto por ti. Mais que isso: ainda não descobri aquilo que sinto por mim, ou o que sinto que quero, ou o que sinto que preciso. Neste exato momento, o que eu quero é você ao meu lado. O que eu preciso, é definir o que eu quero em você. Já o que sinto por mim... bom, eu sinto que estou em constante descoberta. Descubro-me mais que respiro! 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Eu não entendi, Direito!

Sim, eu sou impertinente e defendo impetuosamente os meus ideais, quando penso que eles valem o esforço. Quando há algo de duvidoso ou mesmo de errado neles, eu penso, repenso e, geralmente, me inclino para o lado mais correto possível. Não vejo isso como nenhum dom ou uma qualidade de se admirar loucamente. É algo muito comum, de questão de saber agir com bom senso e de lutar por aquilo que defende. Somente isso.


Contudo, há pessoas muito orgulhosas e arrogantes que não conseguem aceitar uma crítica CONSTRUTIVA sobre algo empreendido por elas. É muito mais fácil remoer-se de rancor e devolver a sua ajuda na forma de um disparate, criando um confronto eminente. Sem contar que isso é até emocionante e radical, e até concede um certo sentimento que eleva o tão adorado, idolatrado e cultivado ego.


Ainda por cima, isso tudo impõe um clima chato no ambiente e deixa tudo muito polarizado em um local onde o que mais se preza a aceitação e que tem como principal meta o APRENDIZADO.


Eu não quero me fazer de vítima e nem desabafar e amaldiçoar o mundo todo severamente, não. Só fico p*to da vida quando você age de boa fé com as pessoas e elas não identificam isso, interpretam isso de outra maneira e tentam te jogar contra outras pessoas. Também não admito desistir de algo fácil: se querem guerra, guerra terão! E não irei descansar enquanto a justiça não for feita. Posso sair perdendo muito por isso, mas minha maior missão é fazer que a "sabichona" entenda o real significado da palavra "aprendizagem". Lexicamente e não-lexicamente! 


                                                 *****


O que acontece com o pessoal que atua na área juridica, hein? Não sei, mas esse pessoal não deve saber o que realmente significa agir plenamente e sem prejudicar ao outro ou a si mesmo. Deve haver uma redoma que os circundam tão consistente que ali só possa penetrar a presunção, o orgulho, o rancor, a prepotência e o instinto de "superioridade" da "raça". É incrível que é algo meio inato, porque até mesmo os que ainda nem estão inseridos nesse contexto já fazem jus ao "perfil". 


Quero deixar claro que eu não tenho nada contra ninguém que atue nesse ramo. Muito pelo contrário, já pensei e penso inúmeras vezes sobre a possibilidade de me especializar neste segmento. Mas, de três advogados ou estudantes de direito que eu conheço, dois demonstraram perfeitamente inúmeras características que eu citei anteriormente. Será que é uma rixa de Administradores x Advogados/Juízes? De qualquer forma, isso não é nada saudável.   


                                              *****


Bom, minha semana turbulenta finalmente se encerrou!
Ela foi muito cansativa e estressante, devido a quantidade de provas acumuladas em um período muito curto de tempo. As provas em si foram até fáceis, até mesmo a de economia - esta de economia serviu para confirmar a minha tese de que o professor que nos ministra essa aula tem um instinto psico-maquiavélico.


Agora, só faltam as apresentações dos seminários, que, provavelmente, iniciarão no meio de Novembro. Dos três que teremos, nenhum está totalmente concluído; eles estão quase caminhando para isso.


Esta semana está acontecendo a 8ª Mostra Acadêmica da Universidade, e eu não irei participar - acho. Só irei amanhã para auxiliar uma amiga nos estudos para a prova dela de Contabilidade, e na sexta-feira para tentar descobrir qual foi a minha nota na prova de Economia (foi tão fácil a prova que eu estou me cagando para saber a nota! rsrs).


Ahhh!... Eu irei começar a tirar a minha carteira de habilitação, provavelmente essa semana. Estou tão contente! Até parece que eu sou gente de verdade! hahahaha

sábado, 23 de outubro de 2010

Clarice vos fala

Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. 
Sou irritável e firo facilmente. 
Também sou muito calmo e perdôo logo. 
Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre.
Sou paciente mas profundamente colérico, como a maioria dos pacientes. As pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdôo de antemão. 
Gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo. 
Nunca esqueço uma ofensa, o que é uma verdade, mas como pode ser verdade, se as ofensas saem de minha cabeça como se nunca nela tivessem entrado?
Tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesmo. Se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz. Quanto à minha paz superficial, ela é uma alusão à verdadeira paz. 
Outra coisa que esqueci é que há outra alusão em mim – a do mundo grande e aberto. 

[...]

Meu amor pelo mundo é assim: eu perdôo as pessoas terem um nariz mal feito ou terem lábios finos demais e serem feias – todo erro dos outros e nos outros é uma oportunidade para me amar.


Clarice Lispector. Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres. ed. Rocco, 1998. p.59-60


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sinto falta

Sinto falta de contar nos dedos os minutos para poder te encontrar. Para ver em sua face, ao meu encontrar, um sorriso irradiar. 


Faz falta passar um momento de paz, como aquele nascer do sol que não acompanhamos, mas que vivenciamos juntos, entrelaçados entre pernas e braços, aquecendo-nos em corpo e alma. Amando-nos pura e intensamente, mesmo que por uma noite. Ou por um segundo. Por um beijo, carinhoso, cheio de felicidade. Cheio de paixão e desejo. De apreço e vontade de conhecer mais o outro, de desvendar o seu interior. Ou melhor, de apenas confirmar aquilo que já era sabido, pois seus olhos, seus lindos e brilhantes olhos castanhos, decifravam os meus em uma fração de segundos. Visualizavam até cada pedaço da minha alma que se entregava a ti, por meio de um sorriso acanhado, mas que queria transmitir um motivo para você me pegar nos braços e não largar mais. 


Ah, como eu sinto falta de você! De ter tido você por tão pouco tempo ou de não ter tido a oportunidade de ser somente seu, dia e noite. É, eu sei que a culpa foi inteiramente minha, que resisti veementemente me entregar a ti, e sinto arrependimento por isso. Agora me conforto na minha solidão e nas lembranças que você deixou. Lembranças incríveis, as melhores que guardo em meu peito.

Mas você sumiu... partiu para algum lugar onde nossas almas não conseguem mais estabelecer uma conexão, deixando a minha somente em pranto. O único lugar que te encontro, são em meus sonhos. Até mesmo naqueles que tenho em um mero piscar de olhos, que se tornam intensos só por lembrarem você. Só você, que é inesquecível.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Bomba Relógio

Ultimamente eu ando muito, muito mesmo, com os nervos à flor da pele.
Não sei exatamente o real motivo disto, mas sei que está me fazendo mal, ou pior, está me deixando mal com aqueles que gosto. Talvez seja a ansiosidade para terminar logo esse ano e começar a cursar logo o 2º ano da faculdade para conseguir um estágio/emprego o mais rápido possível. Talvez a tensão dessa maratona de provas. Talvez a falta de ter alguém em quem pensar. Talvez tantas coisas.

Eu chego da faculdade com o rosto emburrado, rezando internamente para que ninguém venha me perguntar como foi o meu dia e como foi na escola (SENAI) ou na universidade. Para início de conversa: não é normal haver esse tipo de diálogo aqui em casa nem nunca foi. Por que, então, justo agora, que eu vivo à ponto de ebulição, todo mundo inventa de querer tirar satisfações sobre como foi o meu dia? Não gosto nem de falar para onde eu vou quando saio, querendo desfrutar da minha liberdade e privacidade, quiçá dizer o que de bom eu aprendi no dia. 

E, ainda por cima, além de toda a conversa fiada para me infortunar, vem sempre as mesmas perguntinhas redundantes e que não tem fundamento algum de serem colocadas. Aí eu respondo sucintamente - para evitar desavenças - e já me fuzilam, dizendo: "O que é que aconteceu que o senhor já está nervosinho?", "Não disse que esse negócio de você estar estudando à tarde e à noite não iria acabar bem", "Quer um calmantezinho?". EU QUERO PAZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ! rsrrs

                                                  *****

A minha semana de provas está se desenrolando bem - até agora. A avaliação de Estatística Teórica foi até razoavelmente fácil, porém trabalhosa. Consegui terminá-la no tempo certinho e fazer todas as questões. Agora fico na espera para saber o resultado.

A avaliação de Estatística Prática foi meio complicadinha, mas nada que não fosse superável. Como era em dupla, apesar de ter ralado um pouquinho, eu fiz junto com a Karina e ela tinha um bom conhecimento, que serviu para reforçar aquilo que eu lembrava e preencher as lacunas que surgem TODA VEZ que eu entro naquele laboratório de informática. Fizemos todos os exercícios e acredito que tivemos um bom desempenho.

Agora só falta a mais apavorante: de Economia. Amanhã iremos nos reunir (eu e mais um pessoal da turma) para estudarmos conjuntamente para a avaliação e discutirmos certos assuntos e/ou dúvidas que venham a surgir.

Segunda-feira teremos a última avaliação dessa maratona, de Contabilidade. Mas essa será fácil, pois já fizemos diversos exercícios durante o semestre e eu já tinha um conhecimento de contabilidade antes disso - e que me foi muito útil, pois as aulas do professor não são das mais produtivas e esclarecedoras.

Na semana que vem teremos a Mostra Acadêmica, e isso significa um pouco de tranquilidade para mim. UFA! Estou precisando mesmo!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

K-kinda busy

Essa semana não será nada fácil! 


Hoje: Avaliação de Estatística Teórica - acho que esta não será tão complicada... só preciso estudar um pouco.


Amanhã: Avaliação Estatística Teórica - já esta, está me apavorando um pouco, pois, sempre que entro no laboratório de informática, tenho amnésia instantânea.


Quarta: Entregar um trabalho no SENAI - só falta terminar de digitar uma folha de caderno.


Quinta: Entregar uma parte do seminário de Sociologia - este já foi praticamente consumado na parte anterior que a professora [doida] pediu, mas, por pura burocracia, teremos que destrinchar o que já foi feito.


Sexta: Avaliação de Economia - esta sim está me apavorando! Eu já dei uma olhada em uma das avaliações que esse professor aplica e ela deve ter no mínimo umas 25 cabeças! MEDO


Além desta semana: Incorporar a entrevista feita sobre o trabalho de liderança no seminário de Organização do Trabalho e Tecnologia.


Incorporar as pesquisas feitas sobre a Educação Brasileira no seminário de Sociologia.


Elaborar mais questões a serem feitas na entrevista de Estudos Interdisciplinares I.


Avaliação de Contabilidade, na próxima semana, Segunda-feira, 25.10.




É muita junta coisa para uma cabeça só!
Devido à isso, andarei meio distante do Blog por esta semana, mas não deixarei de estar visitando as páginas de vocês, meus caros amigos leitores.


Um abraço.

sábado, 16 de outubro de 2010

Verde sorriso. Verde paraíso.

Ah, aqueles olhos! Eles, terrivelmente, tem o domínio sobre mim. Bastam mirar-me por um instante e pronto, me rendo aos seus encantos. Ao brilho destas pequenas esferas esverdeadas, claras como um rio límpido. E quando se encontram com os meus, irradiam felicidade e simpatia. Transbordam pureza e alegria. Purificam a minha retina por um prolongado mas breve instante: breve porque assim que se desviam dos meus, fico nostálgico, querendo mais. Muito mais. Querendo que a enchente que é nascente daquele ser iluminado me conduza por sua correnteza, não importando o quão atordoadas estejam as marés. Querendo nunca precisar fechar meus olhos novamente, nem para piscar.


E quanto àquele sorriso, então? Ele, simplesmente, consolida todas as mensagens e vibrações que os tão risonhos círculos verdes me sussuram - pode até parecer redundante, mas não há redundância que me desencante de rever aquele belo sorriso. Este me transforma em certeza: a de querê-lo. Mas nem sempre o queremos, temos. Às vezes, não é aquilo que precisamos, é somente o que desejamos. Ou, então, é o que imploramos, praticamente como o oxigênio demandado para o fluxo respiratório, mas não podemos ter, por um mero capricho do destino. 


Eu tenho plena convicção do que quero: o sorriso daquela alma acolhendo cada pedaço do meu ser, com calma. Me confortando na serenidade daquele espírito, tranquilo, pacífico. Tornando-me, a cada instante mais, um eu nele mesmo. Eu não me importaria nem um pouco de viver nele, por ele e para ele. A aura daqueles olhos, daquele sorriso, me saciariam por toda a eternidade: de um segundo, terceiro, quarto... minuto... hora... dia... de uma existência.


E como verde é sinal de esperança, espero ansiosa e pacientemente por um único momento mergulhado naquele terno sorriso. Fixado naqueles olhos verdes-esmeralda. Meu mundo seria mais verde naquele verde-paz. Verde-mais. Verde-tudo. O verde do meu mundo! 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pensando bem

Hoje estive pensando sobre certos aspectos da minha vida, sobre atitudes e comportamentos que já empreendi. Muita coisa realmente me espantou. Como eu pude ser tão inocente em determinados pontos, e como eu pude me arriscar ao trocar tantas coisas boas por outras questionáveis?


Como é possível nos privarmos tanto do mundo quando estamos enamorados à alguém? É algo tão automático. Simplesmente, quando nos damos conta, passamos a viver em função do outro. O problema é que vamos nos machucando ferozmente por dentro, mas de uma forma ao mesmo tempo "silenciosa", que não nos alerta o estrago que estamos causando à nós mesmos e àqueles que tanto estimamos/estimávamos.


É típico da minha personalidade me relacionar intensamente com as pessoas que tenho um certo convívio ou uma determinada ligação afetiva. Os meus amigos - depois da minha família -, são os meus tesouros, que ficam guardados sob sete chaves e que ninguém além de mim conhece o lugar onde ficam. Eu prezo muito o envolvimento - mais que isso, o comprometimento - entre dois seres, mesmo que seja apenas por uma simples relação de amizade ou por outro caso de amor incondicional. Considero ambas situações, ou qualquer uma que fique entre as duas, ou que não seja nada disso, importantes. A real amizade é algo muito digno, raro e precioso.


Só que é engraçado como nos desfazemos dessas nossas preciosidades quando encontramos a "tampa da nossa panela". Com uma espantosa naturalidade as colocamos em segundo, terceiro, quarto plano em nossa vida, na nossa realidade. Porque quando estamos em harmonia com nossos "docinhos de coco", o que importa são apenas as carícias, promessas e beijinhos que são distribuídos à torto e à direito. Acontece que amigos não são nada - nada mesmo - "ingênuos" e sabem que tudo isso passa. E adivinha quem serão os primeiros a serem chamados para dar um help em um momento de desespero? Exatamente, os Super-Amigos!


Alguns nos perdoam, e nos recebem de braços abertos para uma nova chance de tentar fazer as coisas voltarem à normalidade. Outros guardam mágoas no coração, que podem ter se ferido durante a trajetória em que houve o distanciamento entre as partes. Cada um tem uma ação e uma reação para cada caso. Porém, eu, matutando aqui comigo mesmo, me sinto meio culpado por ter "perdido" certos "aliados" meus no percurso. Sabe, ter deteriorado nossa relação? Me sinto até como um "traidor", por ter deixado de lado algumas das minhas "preciosidades". Mas eu acredito que devemos ter uma segunda chance na vida, sempre. Claro, há coisas que não tem como ter essa nova oportunidade. Mas creio que nesse caso, é até saudável tentarmos reverter uma situação que não é tão trágica, afinal, uma amizade que se preze suportaria um pequeno deslize desses. Tudo bem, tudo bem... eu admito, foi uma bela de uma derrapada. Contudo, somos todos passíveis ao erro, e não sabemos se amanhã poderemos estar do outro lado, arrependidos por ter cometido uma besteira. E juro por tudo que é mais sagrado: agora eu realmente aprendi que não há amor que substitua uma sincera e agradável amizade, onde há constantemente confiança e perdão. E doação, principalmente.


A vida é assim, fazer o que? Só aprendemos quando levamos algumas bofetadas na cara. Acabo de levar várias dúzias. 
Perdoem-me, amigos! 
                                               
                                                  *****


Update: 


"Quando alguém começa a namorar e deixa de lado os amigos, isso é sinal de que esse relacionamento se tornou um esconderijo em vez de proporcionar descobertas e aprendizados em conjunto. Manter os amigos é fundamental para estimular o crescimento do indivíduo."
Os seus poderes interiores, pág. 118 - Sempre em frente
Roberto Shinyashiki 

É... acho que eu vivia me escondendo, então! 
Agora fica o aprendizado para que isso não se repita futuramente.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Infância

Ô caipirinha arretado, sô!



Preciso dizer que eu era um ser irritante e intangível? Que eu fazia bico para tudo aquilo que não me agradava e que desde pequeno eu estampo no rosto aquilo que sinto? 

Coitado de mim e de tantas outras crianças, que passam por situações constrangedoras só para fazer a felicidade dos tão estimados pais. Só estando encarnado na criança para saber o quanto odiávamos fazer isso - eu, pelo menos, odiava.

Feliz Dia das Crianças! Que todos os nossos pequeninos sejam abençoados e que cresçam felizes e tenham um futuro decente. E que também possam construir um mundo melhor.

domingo, 10 de outubro de 2010

Sonho encantado

Eu sou um refúgio
do subterfúgio
dos nossos erros.
Dos meus receios.


Me afago em pranto
e em seus encantos.
No calor dos teus braços,
que faz de nós dois um laço.
Sempre imploro para que ele não se encerre,
pois isso fere.


E quando te beijo
me torno desejo.
Aí eu bocejo...
Hora de acordar.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Êxito em hesitar

Entre tú e eu
há muito mais que apenas afastamento.
São várias as vírgulas que nos separam
e que nos dão um tom de pausa.


Eu paro. 
Penso. 
Hesito. 
Desisto.


Desisto de resistir,
de tentar controlar meus impulsos.
Prefiro ceder-me aos teus sorrisos:
eles me encantam.
E teus dizeres, então?!


Eu vacilo.
Cambaleio.
Respiro.
Só mais um suspiro:
de amor.


Um novo período,
com os mesmo sujeitos.
Talvez os predicados não sejam os mesmos,
mas a minha oração sempre é:
peço sempre que Deus me proteja,
que me mantenha firme, em pé.


Eu te beijo.
Te desejo.
Te necessito.
Mas hesito.
Depois, desisto.


E ponto final.
Sem mais exclamações
ou interrogações.
Pois questionar se está certo ou não
só me deixa mal.
A única coisa que quero é te amar.
Sem hesitar.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A ligação e o coração

Uma noite.
Um sentimento de ausência. 
Uma linha telefônica. 
Um propósito: ouvir aquela voz:
a voz daquela alma.

Uma ligação. 
A distância entre dois seres, 
mais do que apenas física: 
geográfica e emocional. 
Três toques. 
Uma resposta: "Oi, como você está?". 
E seguem-se outras: 
"Senti saudades e resolvi ligar", 
"Precisava ouvir sua voz um pouquinho", 
"Quando iremos nos ver?"

Outro sentimento, 
mas agora revigorante: o amor.
Ele prevalece,
dia após dia,
dor após dor,
lágrima após lágrima.
Pois os sorrisos,
as juras eternas e o perdão
nunca deixarão que ele acabe.
Pelo contrário: vão fazê-lo cada dia mais intenso.

Noites vazias,
passadas em claro.
Uma lua vermelha,
usada para estancar nossas feridas.
Dois corações.
Uma certeza: 
quero te amar! 
Quero sentir o calor dos teus braços,
que me envolvem e me protegem.
Sua respiração,
que já se unificou com a minha.

Não pense muito:
a razão é inimiga da emoção.
Vem para cá!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Amor platônico



O pássaro e a manhã
(Eric Felipe)

Ah! Os pássaros...
Esses seres que cantarolam freneticamente
implorando pelo surgimento das manhãs,
declamando seus simples versos
e soltando-os no ar,
nota após nota,
para que o fluxo se encarregue
de consolidar o nascimento de mais um dia
e impeça que a chama da paixão nunca cesse,
mesmo que esta seja fruto
de um amor proibido
mas imensamente admirável.

Então, surge o severo pôr do sol,
carrasco, insolúvel,
que é incumbido de delimitar a alegria dos amantes.
Com frieza, ele simplesmente rouba a cena:
separa o trigo do joio,
polariza norte e sul,
dilacera os corações sedentos de paixão,
arremessando-os para um estado de melancolia,
de desespero e inconformismo.
Tudo virou treva.

As almas choram.
Lágrimas deslizam feito navalhas
e ferem todo o caminho que percorrem.
O sofrimento é lastimável:
de um lado, o amor
do outro, a perda.
Como a vida é cruel! 
Como ela pode separar
aquilo que já se uniu além do visível? 
E essa união,
que agora não passa de dor,
machuca mais que qualquer outra
quando se liquefaz.
Muito mais.

Abalado, o pássaro ruma adiante
mesmo que um pedaço do seu ser
tenha sido levado junto com sua felicidade
e que agora só reste pranto.
Um novo dia nasce,
e também uma nova canção.
Podem ter tirado-lhe tudo,
mas a esperança, não: esta é intangível.
Com novos arranjos, novas melodias,
ele clama por um novo amor, 
para poder respirar novamente.
No horizonte, começam a surgir raios de sol
e ali, novamente, está ela: a manhã.

Seu coração explode de alegria.
Os dois se encontram;
se tocam;
se amam.
Um segundo após o outro, intensamente.
Para eles, não importa o que virá:
cada momento é singular
e deve ser sentido em sua essência.




Então, surge o severo pôr do sol
carrasco, insolúvel...




terça-feira, 5 de outubro de 2010

Arrogância e intolerância: uma dupla explosiva!

Observando as pessoas - o que já é uma prática rotineira minha -, vislumbrei certas realidades que contribuem, e muito, para o detrimento da humanidade e de nossas relações: a arrogância de uns, a intolerância de outros, ou mesmo a fusão desses males negativamente potenciais.


O primeiro fator - que considero menos destrutivo que o outro, mas que é igualmente corrosivo ao homem -, é simplesmente uma forma de agir/pensar, que impede o "autor" de, às vezes, experimentar a real situação das coisas ou de novos conhecimentos, pois a sua forma de ser é superior a qualquer outra que se oponha à mesma. São os vulgos "donos da verdade", que, no meu ver, devem sentir algum prazer, êxtase ou qualquer sentimento que os incitem a se posicionarem dessa forma, menosprezando tudo aquilo que lhe é "exterior". Tenho um palpite um tanto cético quanto à esses "sabichões": não passam de idiotas, que não tem a humildade de, ao menos, ouvir o que o outro tem à lhe dizer, e que poderia acrescentar algo para sua vida ou abrir seus olhos para que não caiam no engano. Medíocres, que se impõem sobre aquilo que seu próximo pensa, achando que têm o direito de controlar a forma dele ser.


Já a intolerância, pode se manifestar tanto nesses "seres superiores", na forma de um pacote promocional, quanto em pessoas que não manifestem arrogância em sua personalidade. Porém, essa é altamente aniquiladora, penso eu. Trata-se da característica de certas pessoas que não toleram ouvir, ajudar, se relacionar com aqueles que convive, e que valoriza seus interesses acima de tudo. São os nossos queridíssimos "pavios-curtos". Não é raro ver alguém que tenha essa péssima "qualidade", não. As famílias atuais têm muito disso, as relações de amizade e afetivas, e até a sociedade, que está cada vez mais bruta e violenta: já é comum vermos atrocidades cometidas por banalidades que não pagariam nem por uma milésima parte de vidas que são tiradas - e, para mim, vidas não tem preço!


O pior de tudo é quando essas duas "máquinas mortíferas" unem forças. Aí não há santo que as segurem! Fruto dessa união, teremos atentados contra a essência dos homens, direcionados ao extermínio da vida e da felicidade, sejam por atrocidades que as "roubam" dos outros ou por simples "represálias" que escravizam ambas as partes, que se vêem presas e não podem fugir dessa triste realidade, que só corrompe o nosso mundo: uma camada como presa, que é abusada, e a outra, como predadora. Além disso, estamos em uma difícil situação, que já se tornou irreversível e não nos permite nada além de uma mera estancação para minimização dos estragos causados pelo descaso de tais "seres abençoados".


Onde é que vamos parar com tudo isso? 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Saudosismo

Ai, ai! Que vontade de mergulhar no tempo e retroceder alguns anos.
Queria tanto poder experimentar novamente certos momentos, sentimentos e sorrisos. Respirar novamente certos amores e amigos, vários abraços e beijos. Estou transbordado pela nostalgia!


Esse último sábado, estávamos a Daia, o Sulivan e eu, no grupo de jovens, conversando sobre as outras épocas - bons tempos - que aquele grupo já viveu. A Daia é uma das veteranas, pois participou do 1º encontro realizado; o Sulivan, do 2º; e eu, do 3º (o grupo está caminhando para o 10º encontro, que ocorrerá no próximo final de semana). Portanto, quer queira, quer não, os 3 juntos temos muuuuuuita história para contar. No vai e vem do diálogo, levantamos os mais diversificados assuntos, momentos, as intrigas - sim, até elas - e amizades. E sabem de uma coisa? Não me arrependo de nada que eu possa ter feito e que fiz. Só me arrependo de não ter feito em dobro, triplo, quádruplo,...!


Amizades: Ahhh, que falta fazem os amigos de antes! Alguns ainda dão o ar da graça e ainda fazem parte da minha existência. Mesmo esses que permaneceram, não são como antes. Por quê? Era tão bom tê-los junto à mim. Por que cada um, no final das contas, tem que seguir para um caminho? Não gosto disso. Odeio isso. Quero todos os meus amigos ao meu lado, para sempre, até que a morte nos separe. Na verdade, sempre os terei em um lugar que ninguém pode sair, mas, pelo contrário, cabe sempre mais um: meu coração.


Alegrias: Essas que, em grande parte, foram vivenciadas em conjunto com os inseparáveis amigos. Momentos eternos, que são recordados sempre e cada vez mais no meu coração e na retina de meus olhos. Que também me fazem seguir em frente intangível, ou tentando ao máximo não me deixar abalar. Impossível, visto que possuo esses seres abençoados e tais momentos imensamente gloriosos.


Amores: Eis que entro em um beco muito difícil de lidar e de saber até que ponto são saudáveis para uma "reencarnação". Alguns podem ter dilacerado meu frágil e humilde coração, mas foram, inegavelmente, excepcionalmente poderosos para corroborar na criação do atual Eric que vos escreve. Outros, porém, foram - e são - imensamente proveitosos, inesquecíveis, irrevogáveis, irresistíveis e irreconstituíveis. Singulares, intensos somente naquele momento em que existiram. Eternos enquanto duraram. E o pior de tudo, esses são aqueles que mais cobiçamos ou pleiteamos para tentar reviver. Mas... já exerceram as suas funções no seu devido tempo de duração.
Até a família, que é nosso amor eterno - pelo menos para mim -, já não se comporta como antes. Agora eu, o queridinho dos olhos da família - no meu caso, eu e meu irmão gêmeo -, cresci e sou adulto. Opa! Adulto?! Quero minha mãe! Quero colo!   


Mundo: Até os tempos de antes não são como hoje. Atualmente, vivemos em um mundo cada vez mais egoísta e centralizado no tal "ego". As crianças de hoje não são alegres como eu fui, e como milhares de outros que viveram antigamente foram, onde as coisas não eram tão superficiais e supérfluas como são agora. O mundo está caminhando para uma existência sem pessoas ou com o menor número possível de seres que habitarão esse querido e já tão maltratado planeta. Coitado! Ele já sofreu diversas atrocidades cometidas por nós, os filhos ingratos que agimos de má fé contra nossa própria essência.


E olhem que eu não tenho lá muita bagagem acumulada nessa Terra, não. São apenas 18 aninhos - bem vividos. E que venham mais outros 70, repletos de bons momentos, de amor. Quem sabe eu não venha a fazer memória de como foi o meu passado daqui uns 35 anos? Tomara que eu tenha do que sentir saudades, de verdade.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

êêêê-leições!

Gente! Estou pasmo... amarelo feito móvel marfim!
Assistindo à esse último Debate Eleitoral com os 4 principais presidenciáveis desse nosso esplendoroso Brasil, fiquei admirado de quão proveitoso este se tornou para mim e - espero eu - que também tenha sido para inúmeros - milhares de - outros eleitores brasileiros.


Eu, naturalmente, nunca fui de me interessar muito por assuntos de cunho político. Sempre levei em conta outros aspectos mais importantes como questões sociais e econômicas. É, eu sei que eles estão intimamente ligados à política, mas eu sempre fui indiferente com a política em si. Eu tenho uma visão meio ortodoxa - ou seria heterodoxa? - de que ela somente serve como uma vitrine de promoção individual e exploração dos recursos pertencentes à nós, cidadãos.


Os investimentos que deveriam ser canalizados para o desenvolvimento e/ou manutenção das condições socioeconômicas e inúmeras outras de nosso país, simplesmente "desaparecem" no próprio bolso daqueles nossos teóricos "representantes" da nação. Claro, toda regra tem sua excessão. De fato, existem - ainda - alguns políticos que defendem a melhoria da sociedade, a luta por um mundo melhor. Porém, esses tais são uma minoria frente à corja que está instalada no mais alto escalão desse Estado e, se não se corrompem, simplesmente são exauridos daquela atmosfera movida pela extração do "sangue" social. Sangue-sugas! 


Isso que eu falei já é de conhecimento de todos ou muitos, penso eu. Contudo, o que mais me chocou foi a forma de abordagem de certos candidatos nesse último debate pré-eleições. Resumidamente, houveram ataques diretos aos oponentes que não podiam fazer nada além de "mudar de assunto". No meu ver, isso é muito benéfico pois mostra a real situação de cada candidato, que está ali - ou não - simplesmente "vomitando" promessas e mais promessas, pois se eles ficam sem ter pra onde correr quando são encurralados, é evidente que suas falas não passam de puro bla, bla, bla. Mas foi engraçado que teve até candidato cavando seu próprio túmulo, falando mais do que podia e recebendo os entusiásticos risos da plateia, em rede nacional, assim como outros que falavam certas coisas que eram no mínimo... cômicas!


Eu ainda não me rendi aos assuntos políticos e os englobei para a minha lista de "assuntos preferidos". Ainda não. Mas garanto que esse debate, assim como o clima que essas eleições possui, está me alegrando e me entusiasmando, de certa forma, a direcionar mais os meus olhares para esse setor caótico dessa nação brasileira. 


P.S.: Essa é a minha primeira experiência eleitoral.


P.S. 2: Respeito as posições de cada um quanto ao seu partido, ideal ou opinião, mesmo que se estendam além das esferas políticas. Cada um tem o direito de pensar e agir (votar) da forma que quiser, e eu não tenho direito nenhum de querer influenciar o pensamento de ninguém. Por isso, me reservei a não citar nomes de nenhum candidato ou minha preferência por qualquer um deles. Só deixo uma dica para todos: exerçam sua cidadania e votem conscientemente, pensando no futuro desse nosso país, que não é só seu.