terça-feira, 31 de agosto de 2010

Interagir

Eis um fator ao qual eu sempre direcionei muitos dos meus pensamentos: a interação entre as pessoas. Eu, um apaixonado pelo relacionamento interpessoal, que sempre vi isso como algo que corrobora totalmente à relação pessoa x pessoa, mas que também sempre fui um tímido que sonha[va] nostalgicamente em poder conhecer melhor ao outro, realmente me deparei com um caso que me impressionou e muito pelo cumprimento da tal interação.


Final de semana passado, eu estava na casa de um amigo, onde outros vários amigos se encontravam também. Papo vai, papo vem, quitutes vão, quitutes vem, até que o pessoal começa a se dispersar e formar os costumeiros "guetos" de diálogo (algo totalmente natural, e que não restringia ninguém de poder se integrar a um ou outro grupo). Quando chega nessa altura da brincadeira eu, geralmente, me fecho em minha carapaça. Mas não o fiz nesse domingo, e comecei a conversar com a Denise. Ela estava fazendo o trabalho sujo proveniente do pós-jantar, e fiquei fazendo companhia à ela. 


Só para não sair da rotina, eu não tinha muito o que falar no começo. Nada tão extraordinário, é até relevante, afinal, esse é meu jeito. Aí ela, a De, tocou no assunto "emprego". Eu já tinha comentado com ela sobre aquele emprego - o qual eu já comentei aqui antes, também... o dos [in]sucessos e insucessos -, e ela perguntou porque não tinha dado certo para mim. Eu expliquei toda a situação, os riscos de me dedicar a fazer aquilo, e comentei sobre o meu ponto de vista de que "nós não devemos viver somente por dinheiro, mesmo que tenhamos que comer o pão que o diabo amassou, pois isso não é nada saudável". E eis que aí descobri que ela partilhava do mesmo ideal que eu, e que apoiava a atitude que tomei. Ponto para ela. Então ela me contou que também já vivenciou uma situação semelhante à essa minha, que optou por fazer o mesmo que eu e que não se arrependeu disso.
Nosso diálogo fluiu de forma espantosa - pelo menos para mim -, e ficamos conversando um bom tempo. Dividimos várias experiências pelas quais já passamos, várias ideologias sobre determinados assuntos, e confesso que até nos tornamos mais amigos que antes. Sim, antes já éramos bons amigos um do outro, mas não na mesma intensidade que agora. Nunca tínhamos partilhado nossa visão sobre o mundo, e não sabíamos o quão parecidos somos. Me fez muito bem tudo isso.


Na segunda-feira de manhã, acordei com meu celular tocando, e adivinhem quem era? Ela mesma, a Denise. Atendi, e logo ela me disse que queria conversar mais comigo, pois haviam mais algumas coisas que ficaram "pendentes" de nosso bate-papo antecedente. Ficamos mais uns 10 minutos nos falando via telefone, dividindo mais sobre nós mesmos com o outro, e consolidando de vez a nossa amizade, que agora, com certeza, se tornou mais sólida e confiante. Ponto para ela, novamente, que me surpreendeu muito.


Eu já tinha uma certa opinião formada sobre ela, e que antes mesmo desse "enriquecimento" entre nós era boa. Agora, contudo, minha admiração por ela tornou-se veemente, e fico muito feliz por ter alguém tão especial para dividir meus ideais, minhas angústias, meus sentimentos, confiança, carinho, entre outras coisas. Por isso, insisto entusiasticamente que não há melhor maneira de saber realmente como uma pessoa é, como uma situação é, sem ao menos se relacionar com tal, estar envolvido. O envolvimento só traz mais conhecimento, que, por sua vez, só tende a contribuir para o fortalecimento e aperfeiçoamento de tudo. Tudo mesmo!


  

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Eu sei que as minhas palavras podem parecer confusas e perdidas. Você pode achar o que quiser. Apenas ache, pois é assim que eu me encontro!