segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Saudosismo

Ai, ai! Que vontade de mergulhar no tempo e retroceder alguns anos.
Queria tanto poder experimentar novamente certos momentos, sentimentos e sorrisos. Respirar novamente certos amores e amigos, vários abraços e beijos. Estou transbordado pela nostalgia!


Esse último sábado, estávamos a Daia, o Sulivan e eu, no grupo de jovens, conversando sobre as outras épocas - bons tempos - que aquele grupo já viveu. A Daia é uma das veteranas, pois participou do 1º encontro realizado; o Sulivan, do 2º; e eu, do 3º (o grupo está caminhando para o 10º encontro, que ocorrerá no próximo final de semana). Portanto, quer queira, quer não, os 3 juntos temos muuuuuuita história para contar. No vai e vem do diálogo, levantamos os mais diversificados assuntos, momentos, as intrigas - sim, até elas - e amizades. E sabem de uma coisa? Não me arrependo de nada que eu possa ter feito e que fiz. Só me arrependo de não ter feito em dobro, triplo, quádruplo,...!


Amizades: Ahhh, que falta fazem os amigos de antes! Alguns ainda dão o ar da graça e ainda fazem parte da minha existência. Mesmo esses que permaneceram, não são como antes. Por quê? Era tão bom tê-los junto à mim. Por que cada um, no final das contas, tem que seguir para um caminho? Não gosto disso. Odeio isso. Quero todos os meus amigos ao meu lado, para sempre, até que a morte nos separe. Na verdade, sempre os terei em um lugar que ninguém pode sair, mas, pelo contrário, cabe sempre mais um: meu coração.


Alegrias: Essas que, em grande parte, foram vivenciadas em conjunto com os inseparáveis amigos. Momentos eternos, que são recordados sempre e cada vez mais no meu coração e na retina de meus olhos. Que também me fazem seguir em frente intangível, ou tentando ao máximo não me deixar abalar. Impossível, visto que possuo esses seres abençoados e tais momentos imensamente gloriosos.


Amores: Eis que entro em um beco muito difícil de lidar e de saber até que ponto são saudáveis para uma "reencarnação". Alguns podem ter dilacerado meu frágil e humilde coração, mas foram, inegavelmente, excepcionalmente poderosos para corroborar na criação do atual Eric que vos escreve. Outros, porém, foram - e são - imensamente proveitosos, inesquecíveis, irrevogáveis, irresistíveis e irreconstituíveis. Singulares, intensos somente naquele momento em que existiram. Eternos enquanto duraram. E o pior de tudo, esses são aqueles que mais cobiçamos ou pleiteamos para tentar reviver. Mas... já exerceram as suas funções no seu devido tempo de duração.
Até a família, que é nosso amor eterno - pelo menos para mim -, já não se comporta como antes. Agora eu, o queridinho dos olhos da família - no meu caso, eu e meu irmão gêmeo -, cresci e sou adulto. Opa! Adulto?! Quero minha mãe! Quero colo!   


Mundo: Até os tempos de antes não são como hoje. Atualmente, vivemos em um mundo cada vez mais egoísta e centralizado no tal "ego". As crianças de hoje não são alegres como eu fui, e como milhares de outros que viveram antigamente foram, onde as coisas não eram tão superficiais e supérfluas como são agora. O mundo está caminhando para uma existência sem pessoas ou com o menor número possível de seres que habitarão esse querido e já tão maltratado planeta. Coitado! Ele já sofreu diversas atrocidades cometidas por nós, os filhos ingratos que agimos de má fé contra nossa própria essência.


E olhem que eu não tenho lá muita bagagem acumulada nessa Terra, não. São apenas 18 aninhos - bem vividos. E que venham mais outros 70, repletos de bons momentos, de amor. Quem sabe eu não venha a fazer memória de como foi o meu passado daqui uns 35 anos? Tomara que eu tenha do que sentir saudades, de verdade.

4 comentários:

  1. Você escreve extremamente bem pra alguém tão jovem, fiquei extasiado ao ler seu blog!
    espero poder passar por aqui sempre, já estou a te seguir, depois passa no meu...
    enquanto ao que você disse...
    sobre o mundo não ser mais o mesmo...
    é correto, as vezes estão se bitolando na internet
    e não existe mais pipas. Nem carrinhos,
    só computador e meios eletronicos, não é?
    Também tenho saudades, de tudo o que um dia,
    eu também fiz. Grandes abraços nobre amigo,

    Dan

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  2. Obrigado, Dan. Fico imensamente feliz por saber que minhas palavras são úteis para alguém, ainda mais alguém como você, que escreve tão bem e que já me encantou.

    É exatamente nessa realidade que o mundo se encontra. As crianças, assim como muitas pessoas que já tenham uma certa idade, se escravizam por isso ou aquilo, como a Internet, e acabam deixando de viver com felicidades; passam apenas a "existir".
    Antigamente tudo era tão lindo e agradável...
    Mas nada impede que "desenhemos" uma forma diferente para nossa vida, nesse conturbado mundo de hoje.

    Fico grato pelo comentário.

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  3. ...Eric querido,
    se você apenas com dezoito aninhos
    já tem esta nostalgia toda,
    esta lucidez vibrante, imagine
    então quando vc tiver a minha idade...
    não conto...rsrs,
    quanta vida trará nesta bagagem
    de quem sabe a que veio?

    adorei receber tua visita,
    e amei tbm estar aqui.

    bjbjbj

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  4. Vivian..

    Acho que isso se justifica pelo fato de eu ser sempre um eterno apaixonado pela vida, que é tão encantadora. Vivo-a intensamente, cada partícula, cada átomo...

    Agradeço por sua visita, também, e sempre estarei bisbilhotando o seu cantinho. rsrs

    Beijo, querida!

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Eu sei que as minhas palavras podem parecer confusas e perdidas. Você pode achar o que quiser. Apenas ache, pois é assim que eu me encontro!